domingo, 18 de março de 2012

HACCP - Hazard Analysis and Critical Control Points


Actualmente a grande maioria da população aceita qualquer iniciativa que tenha por intuito garantir a inocuidade dos alimentos, passando pelo controlo dos potenciais perigos de contaminação, sobretudo alimentos que apresentem maior risco para a saúde pública.
A ideia básica de HACCP consiste na prevenção e não na inspecção do produto, este sistema preventivo procura a produção de alimentos sadios.
O HACCP é uma sigla internacionalmente reconhecida para Hazard Analysis and Critical Control Point ou Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos. O sistema HACCP surgiu nos anos 60 através de um esforço conjunto da empresa Pillsbury Company, os Laboratórios do Exército dos EUA e da NASA (National Aeronauticsand Space Administration) com o objectivo de garantir a inocuidade dos alimentos espaciais produzidos para os primeiros voos tripulados. 
É um sistema que tem como suporte uma didáctica preventiva de controlo da segurança alimentar que busca a produção de alimentos inócuos. O HACCP trata-se de um método organizado, sistemático e científico para a implementação de um sistema de vigilância do processo de fabrico, este é conhecido internacionalmente podendo ser aplicado a toda a indústria alimentar.
Este sistema tem como objectivo identificar e analisar potenciais perigos associados às diferentes fases do processo de produção e transformação dos alimentos, de modo a que estes cheguem ao consumidor classificados de alimentos seguros.
No processo de aplicação e desenvolvimento do plano de HACCP foram tidos em conta sete princípios fundamentais.

Princípios Fundamentais

Principio 1 – Análise de Perigos
A realização de uma análise de perigos que devam ser evitados, eliminados ou reduzidos para níveis aceitáveis, desde a matéria prima ate há venda ao consumidor.

Principio 2 – Determinação dos Pontos Críticos de Controlo (PCCs)
Baseia-se em identificar os PCCs que podem ser prevenidos, eliminados ou mesmo reduzidos em fases em que estão mais susceptíveis de surgirem.

Principio 3 – Estabelecimento de Limites Críticos
Consiste no estabelecimento dos limites críticos que devem ser assegurados de forma a garantir que cada PCC se encontra controlado.

Principio 4 – Monitorização
Consiste em aplicar um sistema de monitorização dos PCCs.

Principio 5 - Estabelecer medidas correctivas
Estabelecer medidas correctivas quando a monitorização indicar que um ponto crítico não se encontra sob controlo.

Principio 6 – Procedimentos de Verificação
Pressupõe estabelecer processos para verificar que as medidas funcionam correctamente.

Principio 7 – Documentação e Registos
Elaborar documentos e registos apropriados de forma a demonstrar que a eficaz aplicação do sistema de HACCP.

Vantagens do HACCP

  • Estabelece um clima de confiança entre os consumidores, autoridades oficiais e agentes económicos;
  • Maior credibilidade no mercado;
  • Selecção de fornecedores confiáveis;
  • É um sistema eficaz internacionalmente;
  • Pode ser usado como prova de defesa em acções legais;
  • Permite reduzir os custos da não qualidade visto ser baseado numa filosofia preventiva de redução de custos e desperdícios;
  • Motiva a formação de pessoal;
  • Aplicável a toda a cadeia alimentar;
  • Diminui o número de reclamações;
  • Fácil integração com outros sistemas de gestão (ex. Com sistemas de gestão da qualidade – ISO 9001);
  • Garantia de cumprimento da legislação alimentar;
  • É recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Comissão Internacional de Especificações Microbiológicas dos Alimentos (ICMSF) e Organização das Nações Unidas para a Agricultura (FAO).


Desvantagens para quem não tem
  • Má imagem da empresa;
  • Perda de confiança do consumidor;
  • Perda de clientes;
  • Custos das consequências, consultas e tratamentos médicos, custos com coimas e outras sanções;
  • Encerramento de empresas.
O sistema HACCP é utilizado para realizar o levantamento dos vários perigos – físicos, químicos e biológicos – que podem ocorrer na produção de um determinado alimento e durante o seu processamento e manuseamento, de forma a efectuar o seu controlo nos Pontos Críticos de Controlo (PCC) durante o processo produtivo.
Entende-se como ponto crítico de controlo, todos os pontos do processo, ou de preparação do produto que exigem especial atenção pois podem contaminar o mesmo. Os PCC são identificados com o intuito de aplicar medidas preventivas de forma a reduzir para limites aceitáveis ou eliminar os perigos de contaminação que foram identificados.
Perigos Biológicos – Estão associados à maior parte das doenças de origem alimentar e provocadas particularmente pelas bactérias patogénicas, parasitas e vírus.
Perigos Químicos - Estes podem estar presentes nos alimentos ou mesmo nos locais de trabalho. Quando presentes nos alimentos podem ter diversas origens como de pesticidas, medicamentos veterinários como os antibióticos, metais pesados e também quando em contacto com superfícies de trabalho por meio dos produtos de limpeza e desinfectantes.
Perigos Físicos - De todos os perigos são talvez aqueles menos frequentemente moderados. Exemplos desses perigos são fragmentos de vidro, metal, plástico ou madeira, pedras, cascas, adornos, ou outros materiais estranhos que possam causar dano ao consumidor.
Após a determinação dos pontos críticos de controlo é fundamental estabelecer limites críticos, ou seja, valores máximos ou mínimos para cada PCC com a finalidade de garantir que estes estão devidamente controlados e não apresentam risco para a qualidade da carne nem para a saúde dos consumidores. Alguns dos critérios utilizados para estabelecer estes limites são as medições de tempo, temperatura, humidade, aparência e textura do produto.
Na Europa, o sistema HACCP tornou-se relevante a partir de 1990, com o formular de legislação derivado das alterações da regulamentação sobre a higiene. A transposição do HACCP para a comunidade europeia foi efectuada, oficialmente, na Directiva 93/43/CEE de 14 de Junho de 1993 e a transposição a ordem jurídica nacional foi efectuada pelo Decreto-Lei nº67/98 de 18 de Março, através da obrigatoriedade do Autocontrolo, posteriormente alterado pelo Decreto-Lei nº 425/99 de 21 de Outubro. Em 2004 a comunidade europeia promulgou o Regulamento (CE) Nº 852/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril, onde se encontram definidas as regras gerais no que se refere à higiene dos géneros alimentícios.

O HACCP é utilizado como sistema preventivo de controlo que visa a segurança alimentar, sendo considerado uma ferramenta eficaz em todo um processo produtivo, deste modo é mais fácil identificar os perigos que advêm do manuseamento dos géneros alimentícios, bem como criar medidas preventivas para evitar a proliferação de microrganismos nocivos para a saúde pública.      


Webgrafia:
Segurança e Higiene Alimentar: http://www.laborline.pt/seg-hig-ali.html

Documentos de interesse:

domingo, 11 de março de 2012

Associação do Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja

Associação do Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja
A Associação do Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja assume-se, nos termos dos seus estatutos, como uma entidade sem fins lucrativos, dotada de personalidade jurídica e utilidade pública, de abrangência distrital, constituída por empresários dos ramos do comércio e serviços. No âmbito da sua actividade pode criar novos serviços e estabelecer parcerias que se enquadrem numa estratégia de desenvolvimento previamente delineada e que vão ao encontro das necessidades dos seus associados.
Este nível de abrangência exige uma afectação de recursos, físicos e humanos, nem sempre fácil de suportar economicamente. A diversidade de áreas de intervenção e o acréscimo do nível de exigência por parte das entidades reguladoras dos diversos sectores económicos são factores decisivos para novos desenvolvimentos na sua carteira de serviços. As constantes alterações do contexto onde se insere exigem da sua estrutura interna permanentes mecanismos de adaptação.
A intervenção institucional, ao longo do último ano, ficou marcada por um maior nível de envolvimento com as restantes instituições da região e consequentemente com uma maior abertura da parte destas para a concepção e implementação de projectos estruturantes da função comercial no Distrito de Beja.
A nível interno exigiu-se uma maior descentralização e responsabilização de funções, canalizando-se progressivamente maiores poderes de decisão para os coordenadores de cada departamento. 
Em 2009 a Associação Comercial do Distrito de Beja contou com seis áreas de intervenção e dez funcionários que distribuíram a sua actividade por tarefas diferenciadas abrangendo desde as áreas técnicas até às simples funções de manutenção.
Os seus associados encontram-se distribuídos por quinze zonas de intervenção: Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Barrancos, Beja (Cidade), Beja (Concelho), Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Mértola, Moura, Odemira, Ourique, Serpa e Vidigueira. O número de empresários associados evidencia uma dispersão inconsistente ao longo do Distrito, sendo certo que a cidade de Beja reúne a sua maior percentagem. Importa  sobre este assunto realçar a necessidade de um plano de marketing estratégico que divulgue os serviços existentes e respectivas condições de prestação ao mercado como forma de, também, captar novos sócios e bem assim novas maneiras de intervir no sector comercial, o que começou a ser feito com a abertura da Delegação Concelhia de Aljustrel e com a presença da ACDB em Feiras e Eventos realizados no distrito e não só.Os seis departamentos existentes na Associação Comercial do Distrito de Beja distribuem entre si todas as actividades e funções integrantes da sua carteira de serviços, nomeadamente nas áreas de higiene e segurança alimentar, apoio jurídico e sectorial, administrativo, económico e financeiro, formação profissional e animação comercial, candidaturas individuais a sistemas de incentivos, projectos estruturantes da função comercial, comunicação e marketing, serviços externos e cobrança de quotizações. Cabem aos órgãos sociais as funções de decisão, representação e dinamização institucional. Cada área de intervenção funciona de forma autónoma na realização das suas actividades, coordenadas de forma directa por um responsável de departamento que responde perante o Secretário-geral, que por sua vez responde perante os Órgãos Sociais.
Organograma

segunda-feira, 5 de março de 2012

Caracterização do Concelho de Beja

Concelho de Beja


O Concelho de Beja abarca uma área de 1138,75 km2, contando com uma população de cerca de 35762 habitantes repartidos pelas freguesias de Albernoa, Baleizão, Beringel, Cabeça Gorda, Mombeja, Nossa Senhora das Neves, Quintos, Salvada, Beja (Salvador), Santa Clara de Louredo, Beja (Santa Maria da Feira), Santa Vitória, Beja (Santiago Maior), São Brissos, Beja (São João Baptista), São Matias, Trindade e Trigaches.
A cidade de Beja revela ainda um efeito polarizador quer no âmbito da sub-região Baixo Alentejo, quer no âmbito transfronteiriço sendo que a diversidade geográfica permite múltiplas afirmações no plano das relações inter-territoriais, com reflexos económicos e sociais.
A economia do concelho evidencia indicadores importantes ao nível sectorial nos âmbitos sub-regional, regional e nacional, com destaque para o Comércio e Serviços. No plano do tecido empresarial e emprego, o concelho tem uma posição claramente de destaque à escala do Baixo Alentejo.
Área total do concelho: 1138,75 km2
Situação Geográfica: O Concelho de Beja detém fronteiras, a norte com os Concelhos de Cuba e Vidigueira, a este com Serpa, a oeste com Ferreira do Alentejo e a sul com os Concelhos de Castro Verde e Mértola.
Freguesias constituintes (18) – Censos 2001:
O Concelho de Beja é constituído por 18 freguesias, das quais 4 são predominantemente urbanas (APU), 1 é mediamente urbana (AMU) e as restantes 13 são predominantemente rurais (APR):
• Albernoa – 890 hab.
• Baleizão – 1056 hab.
• Beringel -1525 hab.
• Cabeça Gorda – 1571 hab.
• Mombeja – 445 hab.
• Nossa Senhora das Neves – 1895 hab.
• Quintos - 310 hab.
• Salvada – 1245 hab.
• Beja (Salvador) – 5774 hab.
• Santa Clara de Louredo – 960 hab.
• Beja (Santa Maria da Feira) – 3577 hab.
• Santa Vitória – 750 hab.
• Beja (Santiago Maior) – 7856 hab.
• São Brissos – 101 hab.
• Beja (São João Baptista) – 6268 hab.
• São Matias – 654 hab.
• Trindade – 345 hab.
• Trigaches – 540 hab.

Bem Vindos

Dei início ao Estágio Curricular IV do Curso de Saúde Ambiental na Associação do Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja.
Através deste blog pretendo divulgar todas as actividades desenvolvidas ao longo dos próximos três meses, bem como demonstrar as competências e importância do Técnico de Saúde Ambiental na comunidade e no seu meio envolvente.

Ao longo deste estágio procuro aperfeiçoar e adquirir conhecimentos nas áreas de âmbito do técnico.

Fiquem atentos.
Até Breve