quinta-feira, 19 de abril de 2012

Amostragem

A colheita de amostras de géneros alimentícios é um processo de importância relevante, pois é a partir desta recolha que será possível identificar alguns dos microrganismos presentes.
A amostra dos alimentos é colocada em recipiente de alumínio, para que esta seja o mais semelhante possível às refeições consumidas pelos clientes. Depois da colheita a amostra deve ser mantida a uma temperatura adequada, correctamente identificada e ser colocada em saco isotérmico, para conservar as suas características biológicas e impedir a contaminação da mesma, devendo esta ser transportada a um laboratório acreditado o mais rápido possível.
Em laboratório serão efectuadas análises microbiológicas e físico-químicas, após as análises os valores obtidos serão interpretados.
Através deste procedimento é possível verificar se o plano de HACCP implementado é de facto eficiente. No caso dos valores obtidos nas análises não sejam satisfatórios será necessário identificar-se as causas do ocorrido bem como implementar novas medidas ao nível da higienização, de forma a garantira uma maior segurança alimentar, qualidade das refeições e aumento de confiança dos consumidores. 

Zaragatoa
Relativamente à colheita de amostras das superfícies de trabalho que se encontram em contacto com os géneros alimentícios, bem como das mãos dos manipuladores é utilizado o método da zaragatoa.
Este método consiste em friccionar a zaragatoa na superfície, utensílio ou mão do manipulador de alimentos. Nas superfícies é delimitado um perímetro para se friccionar a zaragatoa no local definido, nos manipuladores de alimentos efectua-se a fricção nos espaços interdigitais, unhas, palma e dorso.

Análise com Zaragatoa na mão de um manipulador
Procedimentos:
Retirar a zaragatoa da embalagem, segurando-a sempre na ponta que não tem algodão;
Passa-se a zaragatoa no local seleccionado;
Coloca-se a zaragatoa no tubo de ensaio que contém a solução de lavagem;
Transporte das amostras para o laboratório, a fim de se procederem às análises de forma a determinar-se o número de colónias de microrganismos existentes.

Webgrafia
Código de Boas Práticas - Técnica Tradicional de Microbiologia. Disponível em: http://refeitoriohaccp.web.simplesnet.pt/icontrolo.htm

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Conservação dos Alimentos

Os meios de conservação visam manter os alimentos o mais estável possível, mesmo em condições onde esse processo seria difícil, preservando-os ao longo do tempo evitando a sua deterioração. Deste modo a conservação permite retardar ou evitar a alteração/decomposição das características dos alimentos bem como o desenvolvimento de microrganismos indesejáveis, preservando as suas qualidades nutricionais e organolépticas.
Existem diferentes meios de conservação, sendo que uns permitem destruir quase a totalidade dos microrganismos, enquanto outros impedem ou retardam o seu crescimento e proliferação. Como meios de conservação temos a conservação pelo frio, conservação pelo calor, aditivos alimentares, atmosfera modificada, desidratação e secagem, filtração.

Nem todos os alimentos sofrem deterioração e se tornam impróprios para consumo com a mesma facilidade.
Alimentos não perecíveis ou estáveis – não sofrem deterioração, por longos períodos de tempo, se forem manuseados e armazenados correctamente. (ex: açúcar, farinha e feijão seco).

Alimentos pouco perecíveis – conservam-se em boas condições, durante um período longo de tempo, se correctamente manuseados e armazenados. (ex: batatas e algumas variedades de maças).

Alimentos perecíveis – degradam-se rapidamente se não forem sujeitos a métodos de conservação. (ex: carne, peixe, aves, ovos, leite e a maior parte dos frutos e vegetais).

Temperatura de conservação dos alimentos

Conservação pelo Calor
Pasteurização – A pasteurização é uma técnica de esterilização parcial dos alimentos, nomeadamente de bebidas (especialmente do leite), conseguida pela eliminação ou acentuada diminuição do número de microrganismos (bactérias) sob ação do calor, de modo a alterar-se o menos possível a estrutura física do produto e as suas propriedades bioquímicas.

Esterilização – consiste na destruição total dos microrganismos presentes nos alimentos. Como isto implica a eliminação dos esporos bacterianos, são necessárias temperaturas elevadas, acima de 100ºC. Esta temperatura é conseguida, com a utilização de equipamentos chamados de autoclave, que trabalham com calor de vapor sob pressão. Para a eficiência da utilização deste método, é necessário conhecer a resistência dos microrganismos que se pretende eliminar.

Apertização – É a aplicação do processo térmico a um alimento convenientemente acondicionado em uma embalagem hermética, resistente ao calor, a uma temperatura e um período de tempo cientificamente determinados, para atingir a esterilização comercial. Este processo corresponde ao aquecimento do produto já elaborado, envasado em latas, vidros, plásticos ou outros materiais e relativamente isentos de ar.

Branqueamento – tratamento térmico aplicado após a colheita, selecção e lavagem dos frutos, com o objectivo de inactivar enzimas, fixar cor, remover gases dos tecidos e diminuir a carga microbiana.
Esta operação consiste em mergulhar os frutos em água, à temperatura pré-determinada ou utilizar vapor fluente ou super aquecido. O tempo e a temperatura variam conforme o tipo de matéria-prima, a carga microbiana inicial, a dimensão e a forma do material a ser branqueado, o método de aquecimento e o tipo de enzima a ser inactiva.

Tindalização - Neste processo, o aquecimento é feito de maneira descontínua. Após o acondicionamento das matérias-primas alimentícias, a serem submetidas ao tratamento, em recipiente fechado, o produto é submetido ao tratamento térmico. Dependendo de cada produto e do rigor térmico desejado, as temperaturas variam de 60 a 90 ºC, durante alguns minutos. As células bacterianas que se encontram na forma vegetativa são destruídas, porém os esporos sobrevivem. Depois do resfriamento, os esporos entram em processo de germinação e depois de 24 horas a operação é repetida. O número de operações pode variar de 3 a 12 vezes até a obtenção da esterilização completa. A vantagem desse processo é que podem ser mantidos praticamente todos os nutrientes e as qualidades organolépticas do produto, em proporções maiores do que quando se utilizam outros tratamentos térmicos.

Conservação pelo frio
Na conservação pelo frio não se destroem os microorganismos mas controla-se a sua proliferação e a ocorrência das reacções químicas, como as reacções enzimáticas. Quanto mais baixa for a temperatura mais lentas serão as reacções bioquímicas, enzimáticas e o crescimento microbiano, podendo permanecer inactivados até a temperatura subir. Também neste tipo de conservação as características nutricionais e organolépticas são mantidas.

Refrigeração – é um método de conservação que utiliza temperaturas acima do ponto de congelação. No entanto, este processo não elimina os microrganismos, nem pára o seu crescimento por completo, sendo este um processo com tempos de conservação curtos.

Congelação -  método de conservação pelo frio que utiliza temperaturas iguais ou inferiores a -18ºC e que permite a interrupção completa do crescimento dos microrganismos, mas que não os elimina.

Aditivos alimentares
Um aditivo é uma substancia química estranha a um alimento que nele é incorporada, geralmente em pequena quantidade, com o objectivo de melhorar a sua textura, viscosidade, sabor ou apenas para prevenir a sua deterioração.




Atmosfera Modificada
A embalagem em atmosfera modificada (também chamada atmosfera protectora) consiste em substituir a atmosfera que rodeia o alimento por uma mistura de gases adequada, que permita controlar as reacções enzimáticas e microbianas, retardando a degradação dos alimentos e aumentando o seu tempo de vida.

Vantagens da embalagem em atmosfera modificada
Mantêm a qualidade do produto (aspecto, cor, sabor, textura, cheiro)
Aumenta o seu tempo de vida útil
Minimiza a utilização de conservantes
Evita e demora degradações enzimáticas e microbianas      
Permite embalagens mais atractivas e sugestivas

Desidratação e Secagem – é um método que se baseia na redução da maior parte da água da constituição do alimento por evaporação ou sublimação.
A redução do teor da água no alimento, torna inactivos os microrganismos, desacelerando as reacções enzimáticas e químicas de alteração. Os factores que influenciam a secagem que devem ser controlados são a temperatura, a humidade relativa e a velocidade de circulação do ar.
Métodos de Desidratação e Secagem
Fumagem
Liofilização
Secagem natural pelo sol

Secagem pelo ar

Filtração – é um processo que consiste em fazer passar o líquido através de um filtro bastante fino para reter os microrganismos, mantendo as suas características organolépticas

Conservação por Fermentação - é um processo que utiliza o crescimento controlado de microrganismos seleccionados, capazes de modificar sua textura, sabor e aroma, como também suas propriedades nutricionais.
Tipos de fermentação:
Fermentação Alcoólica
Fermentação acética
Fermentação láctica

Irradiação - técnica utilizada na conservação dos alimentos pois reduz as perdas naturais causadas por processos fisiológicos (maturação e envelhecimento), além de eliminar ou reduzir microrganismos, parasitas e pragas, sem causar qualquer prejuízo ao alimento, tornando-o também mais seguro para o consumidor.
O processo consiste em submetê-los, já embalados ou a granel, a uma quantidade minuciosamente controlada dessa radiação, por um tempo prefixado e com objectivos bem determinados. A irradiação pode impedir a multiplicação de microrganismos que causam a deterioração do alimento, tais como bactérias e fungos, pela alteração de sua estrutura molecular, como também inibir a maturação de algumas frutas e legumes, através de alterações no processo fisiológico dos tecidos da planta.

Webgrafia
Conservação, Melhoramento e Produção de Novos Alimentos. Disponível em:
Glossário – conservação dos alimentos. Disponível em:
Portal da Segurança Alimentar – conservação dos alimentos. Disponível em:
Tipo de Tratamentos para Conservação de Alimentos. Disponível em:

domingo, 8 de abril de 2012

Rotulagem


Rotulagem — conjunto de menções e indicações, inclusive imagens, símbolos e marcas de fabrico ou de comércio, respeitantes ao género alimentício, que figuram quer sobre a embalagem, em rótulo, etiqueta, cinta, gargantilha, quer em letreiro ou documento acompanhando ou referindo-se ao respectivo produto (a), Artigo 2º, Decreto-Lei n.º 560/99, de 18 de Dezembro).
O rótulo funciona como o “bilhete de identidade” de um produto, sendo assim este deve incluir informações esclarecedoras, de modo, a que os consumidores tenham confiança no produto e possam efectuar a escolha pretendida, bem como o modo correcto de conservação e de consumo.  

A rotulagem deve obrigatoriamente conter as seguintes referências:
  • Denominação de venda - designação do produto pelo seu nome comum;
  • Lista de ingredientes que compõem o produto – os ingredientes devem ser indicados por ordem decrescente da sua quantidade;
  • Quantidade líquida contida na embalagem - quantidade de produto contido na embalagem não incluindo a mesma;
  • Prazo de validade – pode ser apresentado de duas formas:

         - data limite de consumo – é utilizada para produtos que facilmente se deterioram, sendo        a expressão utilizada “Consumir até…”.
         - data de durabilidade mínima – é utilizada à maioria dos géneros alimentícios através da expressão "Consumir de preferência antes de …" ou "Consumir preferencialmente antes do fim de…".
  • Lote de fabrico – permite identificar o lote ao qual pertence o alimento;
  • Nome e morada da entidade que lança o produto no mercado;
  • Condições de conservação - Quando os produtos careçam de especiais cuidados de conservação ou utilização e o seu modo apropriado exija indicações especiais.

Estas referências obrigatórias devem estar escritas em caracteres indeléveis, facilmente visíveis e legíveis, em local de evidência e redigidos em termos concretos, claros e precisos, não podendo ser dissimulados ou separados por outras menções ou imagens.
É obrigatório que o rótulo seja escrito em Português ou, sendo noutra língua, totalmente traduzidas as menções obrigatórias. Exceptua-se a denominação de venda quando não se possa traduzir ou seja internacionalmente consagrada.

O que é facultativo

O código de barras – compõe-se de uma série de linhas verticais colocadas em cima de números. Estes números classificam-se em quatro grupos.
Os primeiros informam sobre o país de origem do produtor ou distribuidor, o segundo representa o código da empresa em questão, o último é o número de controlo destinado a prevenir erros. O código de barras facilita o controlo de stocks e dos valores de venda. Conduz a uma série de benefícios apenas para o fabricante, distribuidor ou vendedor do produto alimentar.


Marca de Salubridade
A letra superior refere-se ao país de origem da empresa produtora.
A letra e o número centrais dizem respeito à empresa produtora e significam que esta foi aprovada pelas respectivas autoridades nacionais.
A menção “CE” revela que este reconhecimento foi feito segundo normas europeias.


Letra “e”
A letra “e” normalmente representada junto à quantidade líquida do produto, significa que o conteúdo declarado pelo fabricante, embalador ou distribuidor está dentro das margens de erro relativamente ao que é legalmente permitido.


Ponto verde
A colocação do símbolo do ponto verde significa que o fabricante, embalador ou distribuidor contribui financeiramente para um sistema de recolha selectiva para que as suas embalagens sejam recolhidas, separadas e recicladas ou incineradas contribuindo para um ambiente melhor.

Informação Nutricional
Informação relativa à composição nutricional dos produtos alimentares e da energia que fornecem.
  • Simples – apresenta apenas o valor energético do alimento e o teor em proteínas, hidratos de carbono e lípidos.
  • Completa – para além do descrito na anterior, pode também apresentar teores em açúcares, ácidos gordos saturados, colesterol, ácidos gordos trans, fibras alimentares, vitaminas, minerais (sódio, cálcio).


Webgrafia
A rotulagem é fácil de perceber? Como descodificar um rótulo. Disponível em:
Associação Portuguesa de Nutricionistas. Disponível em:

Legislação

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Contaminação Alimentar

As doenças devidas a alimentos contaminados são provavelmente o mais vasto e disseminado problema de saúde no mundo contemporâneo e uma importante causa de redução da produtividade económica.
OMS, 1989

Actualmente os riscos alimentares são significativamente diferentes dos do passado, onde os alimentos se produziam, preparavam e consumiam num círculo restrito e os riscos eram mais facilmente reconhecidos, imediatos e de consequências limitadas no espaço e no tempo. Para que seja possível efectuar uma avaliação dos riscos a que os alimentos estão expostos é imprescindível conhecer quais os alimentos mais consumidos pela população, pois com as novas exigências da nossa sociedade os hábitos e necessidades alimentares alteraram-se. A cadeia alimentar tornou-se mais complexa, pois as pessoas querem ter ao seu dispor uma maior variedade de alimentos disponíveis durante todo o ano, o que exige às indústrias uma maior produção e consequentemente uma maior probabilidade de contaminação, desenvolvimento de agentes patogénicos e a introdução de novos riscos ao longo das etapas de fabrico.

Capitação anual de Lacticínios 

Capitação anual de Carne e miudezas comestíveis

Capitação anual de Hortícolas e fruta

Capitação anual de Gorduras e óleos

Capitação anual de Leguminosas, cereais e derivados, tubérculos

Capitação anual de Pescado

Através da análise destas tabelas que expressam os alimentos mais consumidos facilita a identificação dos perigos a que a população pode estar sujeita, bem como encontrar e implementar medidas preventivas de minimização dos mesmos.

PERIGOS 
A definição de perigo para a segurança alimentar é um agente biológico, químico ou físico presente no género alimentício, ou na condição de género alimentício, com potencial para causar um efeito adverso para a saúde.
Importa diferenciar perigo de risco para a segurança alimentar. O risco é calculado pela avaliação do perigo (severidade) e sua probabilidade de ocorrência, avaliação esta que servirá para determinar quais os perigos significativos num determinado processo, na elaboração de um plano HACCP.

                 


Perigos Biológicos
Os perigos biológicos são os que representam o maior risco à inocuidade dos alimentos. Estes incluem os microrganismos (bactérias, fungos e leveduras) assim como as toxinas microbianas (ocratoxina A, aflatoxinas, histamina, entre outros), os vírus, parasitas e pragas.
De entre eles, as bactérias são as principais responsáveis pelas toxinfecções alimentares. Encontram-se presentes na maioria dos alimentos crus, proliferando em ambientes favoráveis (calor, humidade, etc.) e possuindo uma rápida adaptação a ambientes menos favoráveis. Algumas espécies têm a capacidade de formar toxinas e possuem formas de resistência (esporos) que lhes possibilitam a sobrevivência em ambientes adversos.
Os microrganismos patogénicos podem causar doença ou dano nos seres humanos.
São exemplos de microrganismos patogénicos:
Salmonella spp. (S. typhimurium, S. enteriditis);
Listeria monocytogenes;
Clostridium botulinum;
Escherichia coli;
Staphylococcus aureus.

Perigos Químicos
 Os perigos químicos podem ter uma origem natural, tais como as micotoxinas, histamina, toxinas das plantas, algas ou moluscos, espécies de cogumelos tóxicos, etc; ou serem introduzidos acidentalmente durante o processo, p.e. pesticidas, metais pesados, medicamentos veterinários, nitritos, nitratos e nitrosaminas, produtos químicos para lubrificação, agentes de limpeza, tintas e revestimentos, entre outros. Quando ingeridos em doses elevadas são responsáveis por doenças súbitas de grande intensidade (ex. intoxicação por venenos). Mas são também responsáveis por doenças crónicas quando a ingestão é feita em pequenas doses ao longo da vida (ex. substâncias carcinogénicas ou acumulativas).
O controlo deste tipo de perigos pode passar pelas boas práticas, nomeadamente a adopção de esquemas de produção integrada na produção primária, análises periódicas ao género alimentício, tal como no despiste de pesticidas no controlo da água de captação própria, adopção de materiais próprios para o contacto com alimentos, entre outros.
São exemplos de perigos químicos:
Resíduos de pesticidas e produtos fitofarmacêuticos;
Antibióticos e outros medicamentos veterinários (nitrofuranos, cloranfenicol);
Hormonas (testosterona, progesterona, zeranol, entre outros);
Aditivos alimentares;
Metais pesados (chumbo, mercúrio, entre outros);
Resíduos de agentes de higienização;
Nitrosaminas (provenientes do uso de nitratos como conservantes);
Resíduos de químicos provenientes da manutenção de equipamentos (óleos, massas consistentes, entre outros);
Entre outros.

Perigos Físicos
Os perigos físicos, normalmente descritos como matérias estranhas ou objectos, incluem qualquer matéria física que possa causar doença, incluindo trauma psicológico e danos físicos no consumidor.
No entanto, a contaminação de um produto por um perigo físico associa muitas vezes uma contaminação microbiológica. Os perigos físicos são os que normalmente são mais facilmente identificáveis pelo operador e pelo consumidor.
Como exemplos de perigos físicos passíveis de serem encontrados em géneros alimentícios existem:
Fragmentos de vidros;
Poeiras;
Pedaços ou peças de bijutaria e/ou objectos pessoais;
Cabelos;
Pedaços de equipamentos de higienização (como esfregões, panos, entre outros);
Fragmentos de equipamentos em mau estado de manutenção;
Entre outros.

INFECÇÃO ALIMENTAR- Resulta do crescimento de microorganismos nos intestinos após a ingestão de alimento por eles contaminado (exemplos de bactérias: Listeria monocytogenes, Campylobacter jejuni, Vibrio parahaemolyticus e Vibrio vulnificus, Yersinia enterocolitica).

                                   
                                       

INTOXICAÇÃO ALIMENTAR- Este tipo de situação ocorre frequentemente e não é necessária a ingestão do microorganismo, mas sim da(s) toxina(s) produzidas por ele enquanto está no alimento. Algumas das toxinas são destruídas pelo processamento mas outras continuam no alimento mesmo quando o microorganismo é eliminado (exemplos de bactérias: Staphylococcus aureus, Clostridium botulinum).
De acordo com a OMS, 1 em cada 3 habitantes dos países industrializados sofre, em cada ano, de doenças agudas transmitidas pelos alimentos (“intoxicações alimentares”) responsáveis por custos sociais e económicos elevados - absentismo escolar e laboral, custos de tratamento ou de hospitalização, etc.
No Verão, as intoxicações alimentares são mais frequentes devido às condições de temperatura ambiente elevada que favorece a multiplicação dos microorganismos presentes nos alimentos; assim, há que ter cuidados redobrados na confecção e conservação dos alimentos nesta época do ano.

Fonte: Portal de Saúde Pública
                   
Fonte: Portal de Saúde Pública
                           

Webgrafia
Qualfood - Infecção vs Intoxicação Alimentar. Disponível em:
4HSA - Qualidade e Segurança Alimentar. Disponível em:
http://www.4hsa.pt/a_seg/o_haccp/
Perfil de risco dos principais alimentos consumidos em Portugal. Disponível em:
Portal de Saúde Pública. Disponível em:
Administração Regional de Saúde do Centro - Intoxicações alimentares. Disponível em:
http://www.arscentro.min-saude.pt/SaudePublica/Literacia/ProjectoConhecerSaude/Paginas/Intoxicacoesalimentares.aspx

domingo, 1 de abril de 2012

Exportações de Géneros Alimentícios


Tendo em conta a situação crise do país que afecta a economia nacional, esta situação pode comprometer os produtores e comerciantes. A ACSTDB – Associação do Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja, tem sempre em vista a procura de estratégias de desenvolvimento, uma das formas equacionadas como mais eficaz para combater este problema foi a exportação de determinados produtos. Para ser proceder à exportação de uma forma eficiente é essencial participar em feiras internacionais com o objectivo de se estudar o mercado, conhecer a concorrência, verificar a aceitabilidade dos produtos e promover as vendas, pois este tipo de eventos atraem grande número de visitas uma vez que são do interesse da população.
Devido à crescente globalização a cadeia alimentar tem sido confrontada cada vez mais com desafios relacionados com a segurança alimentar inocuidade dos alimentos.
Num mercado cada vez mais globalizado, existe a crescente necessidade de implementar um sistema de controlo da cadeia alimentar, de modo a aumentar a segurança dos produtos alimentares. O objectivo de implementar um sistema de controlo, passa por uma minimização dos riscos e aumento da qualidade e segurança dos produtos em toda a cadeia alimentar garantindo assim a protecção e segurança da saúde humana e interesses dos consumidores.
Em 2005 entrou em vigor o Regulamento (CE) n.º 178/2002, cuja finalidade é aproximar os Estados-membros no que respeita à livre circulação de alimentos seguros e que introduz, pela primeira vez, para todas as empresas de alimentação humana e animal, a exigência de dispor de um sistema de rastreabilidade alimentar.
Quando se inicia o processo de exportação há alguns aspectos que devem ser considerados importantes, como por exemplo a qualidade das embalagens utilizadas para o transporte e da embalagem que chegará até ao consumidor final, as temperaturas dos alimentos durante o transporte pois com a sua variação as bactérias presentes nos alimentos multiplicam-se, ter especial atenção ao cumprimento da legislação do país importador.

Links de interesse:

Legislação: